Gaivotas


Cândido Portinari
















 
Voando alto no céu azul,
elas rabeiam sem parar.
Dançando como serpentes,
com seus vermelhos e amarelos,
num balé que não tem fim.
Os meninos, olhos abertos,
latas presas entre as pernas,
mãos rápidas e espertas,
vão guiando suas crias.
Por um descuido ou impresteza,
se uma linha se arrebenta,
vai-se embora a bela pipa,
com destino meio incerto.
A molecada enlouquece,
com vontade de gritar,
e o menino corre logo,
pra outra pipa empinar.

(Elís Cândido/fevereiro de 2012)

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