Idas


A passos lentos
por caminhos tortuosos
seguindo em frente
eu vou

Tentando não parar
não me deixar levar
pelas tristezas
e angústias
eu vou

Ventos me levam
e me guiam
tentando orientar
este voo
em que eu vou

Pássaro livre
e sem ninho
entoando uma triste canção
eu sou

E assim vou

Sem saber onde vou
onde estou
ou quem sou
mesmo assim vou

Porque esta ida é tudo o que me resta

(Elis Cândido/abril de 2013)