Transição



O que havia antes
Se desfez
Já não existe mais
O hoje é um vazio
Uma esperança daquilo o que virá
De um futuro que é segredo
Mas que mesmo assim eu escolhi
Quando abri mão do passado
E assumi meu presente
Tenho as rédeas da minha vida nas mãos
Mas não sei para onde ir
Esta transição me confunde
E me assusta
Estou só
E isto é fato
Mas o que fazer da solidão que me acompanha?

(Elís Cândido/novembro de 2012)

Que me importa


Que me importa 
aquilo o que os outros pensam
Que me importa 
aquilo o que os outros dizem
Que me importa
aquilo o que os outros fazem

Não penso o que os outros pensam
Não digo o que os outros dizem
Não faço o que os outros fazem

Minha vida é só minha
Meus pensamentos
Minhas palavras
Minhas atitudes

Eu sou a única responsável
pelo meu êxito
e pela minha derrota

Escolho os meus caminhos
E caminho com meus próprios pés.
Meu nariz é minha guia
Meu coração minha bagagem

Que me importam os outros, então?!

(Elís Cândido/novembro de 2012)

Labaredas

Meu corpo se reacendeu de vida
e minha alma se renova se luz
Sinto uma chama ardendo 
Sinto a essência do meu ser
Renovada
Revigorada
Estou viva!
E quero viver
Quero me queimar 
nas labaredas
deste amor que me consome
E ser brasa
Ser fogueira
Trepidar
Estou viva!

E isto é o que importa...

(Elís Cândido/novembro de 2012)