Meu infinito particular

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Ando pensando sobre o que é a solidão... o que é ser solitário afinal?
Nietzsche já dizia que solidão não é a ausência de pessoas. É possível sentir-se solitário em meio a uma multidão.
Então, solidão é um estado de espírito. Um sentimento.
Mas há pessoas que não conseguem viver sós, fisicamente falando. Elas têm uma necessidade de estar sempre na companhia de outras pessoas, o que é natural, afinal somos seres gregários.
Eu, ao contrário, tenho uma enorme necessidade de solidão. Preciso de um tempo para ficar comigo mesma, colocar meus pensamentos em dia, ouvir minha voz interior.
Normalmente, sofro críticas e cobranças por ser assim. Como é difícil ser diferente!
As pessoas não conseguem compreender que a minha felicidade não está nas ruas, no movimento, na agitação, mas na minha própria casa. É aqui que eu me sinto plena, desprovida de disfarces, de falsas posturas, de acessórios... É aqui que eu desfruto do equilíbrio e da paz que me alimentam e me impulsionam a caminhar...
Minha casa é meu reino. Mesmo.
Não consigo imaginar coisas que eu goste mais de fazer do que ficar aqui, com minhas plantas, livros, filmes, músicas, filhos e, é claro, meus cachorros.
Já ouvi comentários do tipo: dá essa cachorrada para alguém e vai ser feliz!!!
Fala sério!!
Felicidade para mim é isto. Experimento com meus bichos uma relação de profunda amizade e respeito, que poucas pessoas conseguiram me oferecer até hoje.
Não estou solitária por estar só. Estou plena. Em paz. Estou feliz...
Então, como dizia Nietzsche, não venham interromper a minha solidão com falsas presenças!!
Leave me alone!!! Please!!
E sejam felizes, cada um a sua maneira.

(Elís Cândido/abril de 2011)

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