De quem é a responsabilidade?


É comum caminharmos pelas cidades e nos depararmos com animais errantes, abandonados. Para os que amam os animais, segue-se uma sensação de dó e de impotência, já que não podemos levar todos eles para casa, cuidar e proteger. Para os que não compartilham deste amor, surge o incômodo, o nojo e muitas vezes, a violência.
Mas de quem é a responsabilidade sobre os animais de rua?
O que observamos atualmente é a atuação, ainda tímida, das ONG'S, da união de esforços de algumas pessoas, enfim, do terceiro setor.
Mas e a responsabilidade do poder público? Onde fica? Inexiste?
Entendo que a questão destes animais é sim uma questão de saúde pública. Deveria constar das agendas dos ilustres prefeitos e governadores, já que uma animal de rua pode ser vetor de inúmeras doenças, sem se levar em conta a questão do bem estar do próprio animal.
Investe-se tantos milhões em obras inúteis, que servem apenas para massagear o ego dos senhores políticos. Porque não investir também em campanhas maciças de esterelização e controle da reprodução, abrigos, campanhas de adoção, saúde e bem estar, voltadas para estes animais?
É preciso conscientizar nosso políticos e cobrar deles as atitudes necessárias.
É preciso também que tenhamos consciência da responsabilidade que assumimos ao adquirir um animal de estimação, já que este ficará dependente dos nossos cuidados durante toda a sua vida. E animais vivem muito!
Não podemos nos eximir das nossas responsabilidades, assim como não podemos deixar de cobrar atitudes dos nossos governantes.
Vamos dar voz a quem não pode falar, se defender. Vamos tentar nos unir por um ambiente melhor e mais saudável. Para todos nós.

(Elís Cândido/julho de 2010)

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