Primavera Ausente

Chove lá fora
e aqui dentro faz frio.
As horas se arrastam lentamente,
me arrastando com elas
para um mundo de loucura
onde nada faz sentido.
Acordo e durmo,
deito e levanto
e nada parece mudar,
nem o tempo,
nem a chuva,
nem eu mesma.
Dias cinzentos.
Ares sufocantes.
Palavras engasgadas.
Pesados silêncios.
Quando voltará a primavera?

(Elís Cândido/novembro de 2011)

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