Ao irmão que tive...


Adeus ao irmão que tive.
E que não tenho mais.
Foi-me roubado ainda na infância.
Sem que nada me perguntassem.
Sem saber se doeria.
Ou da falta que me faria.
Sem nenhuma condolência.
Apenas o levaram.
Levando junto parte de mim.
E a essência dos meus pais.
Sobraram duas almas sem vida.
Cujos olhos não tinham brilho.
Brilhavam antes, eu bem me lembro...
Mas depois que ele se foi,
foram-se embora os sorrisos.
Ficando apenas o vazio.
E uma casa preenchida de ausência.
Que falta ainda me faz este irmão que tive.
E que não tenho mais.
Quanta falta ainda faz!

(Elís Cândido/13 de outubro de 2011)

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