Eu...


Da janela do meu quarto
posso ver o mundo,
suas cores,
movimentos
suas dores.
Posso sentir a vida
que bate frenética
nas veias de cada rua,
de cada passo apressado,
de cada momento.
Queria me lançar por estas ruas.
Correr entre as pessoas,
me perder na multidão.
Queria me perder de mim...
Mas as paredes não deixam.
Paredes que eu mesma ergui
e já não consigo transpor.
Me deixo ficar.
Estou só.
Sou apenas uma imagem embaçada
na vidraça da vida.

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