Cativo
A tristeza
Tomou conta de mim
Me envolveu com seu abraço
Escureceu o meu redor
E criou raiz.
Minha respiração virou suspiro
Meu falar virou lamento
Meu viver tornou-se angústia
E os meus dias um tormento.
Ela é meu vício
Meu ópio
E embriaguez.
Sou seu refém
Estou cativo dentro de mim
E me deixo ficar
Pois já não sei viver sem ela.
Afinal,
Somos tudo o que restou:
O silêncio.
A escuridão.
A tristeza.
E eu.
(Elís Cândido/ para Frederico Sijhad e todos os que fazem da tristeza poesia)
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Elís...nas minhas andanças pelos blogs, encontrei o seu e me encantei com o seu poetar...parabéns pela sensibilidade e talento! abraços...
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