Andarilho
Longos são os caminhos da vida
Quilômetros a percorrer
Milhas já caminhadas
E intermináveis tropeços
Muitas pedras no chão
Buracos, poças, atoleiros.
Tanta gente na contramão...
Matagais e espinheiros.
Mas o bom andarilho não se cansa
Não se deixa vencer
Sacode a poeira dos ombros
E vai.
Talvez nem saiba para onde.
Talvez ninguém o espere.
Mas a estrada é a sua vida.
Ela, as noites e os dias.
Seu coração andejo
Sedento de chão
Aponta o Norte
Sempre mais adiante
Então ele vai.
Leva nos ombros lembranças
Do tempo vivido (distante!)
No coração um amor
Motivo de ser um errante.
Neste caminho sem fim
Seus pés descalços já não queimam
Só sua alma é que chora
Por não saber onde ir
E mesmo assim ir-se embora.
(Elís Cândido/para Anderson Yutaka e todos os que ainda procuram seu lugar no mundo)
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