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Não tenho mais o tempo que passou
Não sei quanto tempo ainda tenho
Mas sei que já não tenho todo o tempo do mundo.
Todos os dias antes de dormir
Tento esquecer como foi o dia
Dormir com a cabeça vazia...
Sigo sempre em frente
Não tenho tempo a perder
Já perdi tempo demais!
O meu suor sagrado
É sagrado apenas para mim
E é tão sincero quanto este gosto amargo
De não ser reconhecido
Tempo perdido!
Já não sou tão jovem.
Vejo o sol nestas manhãs tão cinzas
E sei que o mundo é selvagem
E que não serão muitas
As manhãs...
Então me abraça forte!
Me diz mais uma vez que nós estamos distantes disso tudo.
Que temos nosso próprio tempo.
Nosso próprio tempo...
Nosso velho tempo...
Nosso eterno tempo.
(Elís Cândido/março de 2011)
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