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Hoje senti saudades
dos meus tempos de criança.
Das noites enluaradas,
dos gritos e gargalhadas,
num pique-esconde sem fim.
Lembrei-me das frutas roubadas
nos quintais dos vizinhos,
nos terrenos baldios.
Que tentação!
Que delícia!!
Amoras e goiabas,
jabuticabas e mangas,
araçás e pitangas...
Chupar cana ao entardecer
e fazer pipi na cama!
Era tão boa esta vida criança
de sorrisos e de esperanças,
sem preocupações
e sem medos.
Lembrei-me da velha lancheira,
que eu chamava "merendeira",
com alguma coisa gostosa
para a hora do recreio.
A velha sainha azul de preguinhas,
o "Konga" e a camisa branca
que minha mãe teimava em alvejar
e eu em encardir.
As boas Festas dos Padroeiros,
quando o largo da igreja lotava
e a gente dividia uma única maçã do amor...
Lá tinha leilão, bingos e danças
e as missas, repletas de gente.
Minha boa infância!!
De criança pobre.
De mãe costureira e pai aposentado.
De uma família simples e tão feliz!
Piões, petecas de penas de galinha,
amarelinhas riscadas no chão,
bonecas de sabugo de milho,
revistinhas de colorir com água...
Estas lembranças me aquecem o coração
e me fazem dar valor ao que tenho hoje.
Colho os frutos do esforços dos meus pais,
que me criaram, me protegeram,
me educaram e me fizeram o que eu sou.
Sou esta criança crescida,
sem papas na língua e sem limites,
com um coração cheio de amor
e de lembranças, destes tempos tão felizes!
Que bela infância eu tive!
(Elís Cândido/maio de 2011)
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