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As vezes acho que os seres humanos e a natureza têm mais em comum do que se imagina...
Somos tão parecidos! Temos ciclos, períodos férteis, mudanças de temperatura e clima (ou temperamento e humor). E ambos temos estações.
A natureza tem os seus verões, primaveras, outonos e invernos. A cada estação tudo muda, ganha novas formas, novas cores, odores, significados. Tudo ganha novo sentido.
Nós também somos assim. Temos, ao longo da vida, fases que muito se parecem com as estações do ano. São as estações da vida!
Quando somos crianças, na nossa infância, tudo é calor, movimento, agitação, despreocupação, contemplação. Uma sensação leve e gostosa toma conta da gente e nos convida a viver, a aproveitar cada minuto!
Na adolescência, nossa primavera, é a hora de desabrochar, ganhar textura, sensualidade, aromas, cores. É a hora de descobrir e de experimentar. Uma profusão de sensações.
Quando amadurecemos e chegamos a idade adulta, vivenciamos a fase dourada do outono. Morno e manso, nos trazendo a luz e a racionalidade. É a estação da colheita, onde os frutos plantados serão colhidos. Onde haverá fartura para os que souberam vivenciar a primavera, sem se deixar perder em seus deleites, seus encantos.
Na maturidade, invernamos. Os dias já não são tão quentes e calientes, as cores já não nos atraem tanto. Preferimos o sossego e a segurança ao lado daqueles a quem amamos. É a estação do aconchego, do estar junto. Dos silêncios repletos de beleza e significado. É contemplação.
Como na natureza, fatores externos podem interferir nas estações da vida. Podemos ter dias tristes e frios em pleno verão. Podemos ter inundações de sentimentos e de lágrimas em momentos de estiagem. Podemos crescer frutos estéreis em plena colheita.
Pode não correr tudo sempre como nos calendários. Alguns invernos podem durar mais e outros menos...
Mas, se observarmos a natureza, vamos aprender que ela sempre encontra uma saída. Ela sempre se refaz, se reestrutura. Podem vir as tempestades. As secas. As geadas. Ela sempre se recupera, mesmo que demore anos.
Se observarmos a natureza, se pelo menos por algumas vezes, nós prestássemos um pouco de atenção nela, veríamos que ela nos ensina todos os dias. Como uma mãe zelosa e paciente, que nos mostra o caminho, dando exemplos, ela nos ensina todos os dias.
Sejamos obedientes. Façamos então a lição de casa!
(Elís Cândido/abril de 2011)
A natureza e a humanidade são como dois poemas escritos pela pena do mesmo poeta, talvez por isso, sejam tão semelhantes.
ResponderExcluirMuito bom o teu texto. Valeu a pena cá ter vindo hoje...
Beijos
Runa