Queria poder adormecer
numa cripta de vidro,
repleta de flores,
como nos contos de fadas.
Ser velada por pessoas de alma pura,
que chorem lágrimas da mais doce saudade.
Queria poder adormecer deste mundo cruel,
que me fere e me envergonha todos os dias.
Desta floresta repleta de caçadores e bruxas,
que querem levar embora toda inocência e pureza.
Já não há lugar para a infância.
Já não estamos seguros.
E não há esconderijos secretos
que os espelhos do mal não alcancem.
Eles sempre nos encontrarão...
E arrancarão os nossos corações.
Seremos pessoas frias, vazias.
Acabou-se o que era doce!
A história chegou ao fim.
E já podemos fechar o livro.
Eu queria adormecer...
(Elís Cândido/novembro de 2011)
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