Tempestades


Sinto meu estômago revirar
como se navegasse em águas bravias.
Meu corpo se retorce e os ossos reclamam
como esqueletos descobertos pelos ventos do deserto.
A garganta arranha sons que saem como grunhidos.
Esqueci as palavras.
Raios e trovões ecoam em minha cabeça
nesta tempestade interna que teima em não passar.
Quando virá a calmaria?
Já não sei se resisto.
Se insisto.
Se desisto.
Se existo.
Já não sei mais.

(Elís Cândido/outubro de 2011)

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