Caçada
Hoje vou à caça
Sou a loba
A leoa
Mergulho na noite
Sem medo
Tenho pressa
Tenho fome
Eu vou só
Nego a matilha
De longe
Espreito a caça
Escolho
E ataco
Com um pulo certeiro
Contra o qual
Não há defesa
A presa
Lança seu último olhar
De desespero...
Mas não me importo
Não me comovo
Inabalável.
Sou o predador
Aprendi com as caçadas
A ser fria
Implacável.
Minha fome é meu mestre.
A presa,
esta nada aprende com a caçada...
É sua única e derradeira experiência.
(Elís Cândido, junho de 2011)
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