A idade das pedras
Quando eu tiver a idade destas pedras
que o mar acaricia com língua salgada
e o meu futuro forem apenas memórias
esvoaçando nas quilhas do esquecimento
não mais serei refém desta melancolia
que o vento desenha no areal do entardecer.
Quando eu for da idade destas pedras
lambidas pelo embalo da ondulação
e meu nome tiver sido apagado da areia
pela espuma branca de muitas marés
sentar-me-ei aqui neste velho pontão
como uma embarcação ancorada ao sol
na eterna transparência de um voo suspenso
a decifrar o segredo azul dos oceanos.
(Postado por Runa, em Seguindo o escoar do tempo)
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Elis... imagem e poema maravilhosos adorei.
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