Quando o amor acaba...



Por que o amor acaba?
Difícil ter uma resposta pronta e acertada. Cada caso é um caso...
Existem relacionamentos que acabam abruptamente. De um momento para o outro o sentimento se esvai e uma das partes já não quer mais continuar aquela relação.  O que antes era alegria e companheirismo perde o encanto e de repente você já não está mais feliz ao lado daquela pessoa. Neste caso, seu coração te diz para seguir em frente. Para cortar os laços e caminhar sozinho. Você sabe que a vida lhe trará algo mais.
            Em alguns outros relacionamentos, aparece a figura de uma terceira pessoa, que é o estopim para o término da relação. Esta nova pessoa esteja você envolvido com ela ou apenas interessado nela, acaba funcionando como um espelho do seu relacionamento atual. A partir da observação da nova pessoa você começa a perceber os pequenos defeitos, detalhes de seu par atual. Você vê que ele não é tão atencioso, que vocês já têm mais os mesmos interesses, que ele está acomodado em relação ao futuro da relação, etc. Neste caso, é muito comum que o término da relação não aconteça de forma tranqüila, ou seja, corre-se o risco de um grande desgaste durante o processo de rompimento. Aquele que se sente “trocado” ou mesmo “traído” tende a não assumir sua parcela de culpa no rompimento, culpando o outro. Ficam, neste caso, apenas a mágoa e a dor das palavras trocadas. Tudo o que foi vivenciado e construído cai em esquecimento.
            Considero que a mais difícil de todas as separações seja aquela em que o relacionamento já dura longos anos. Onde o casal já compartilha casa, filhos, uma rotina familiar. Neste caso, quando o casal, ou uma das partes, não dá a devida atenção ao relacionamento, um distanciamento natural acaba por ocorrer. É uma barreira que vai sendo construída diariamente com os silêncios, com os afastamentos, com as omissões, com a falta de interesse e de participação nas atividades do companheiro, como se a cada dia um tijolo fosse empilhado entre os dois, de forma que, em algum momento, os dois já não conseguem mais se enxergar, se perceber. Neste ponto, com tanta distância existente entre eles, qualquer pequeno motivo, que antes poderia ser facilmente contornado, vira o início do fim. O sofrimento, neste caso, é imenso. Pesam na hora de uma decisão o sofrimento e o bem-estar dos filhos; a reestruturação financeira, uma vez que ambos compartilham as responsabilidades domésticas; as questões práticas, como moradia e trabalho, enfim, há um mundo de dúvidas e de questionamentos que passam a dominar diariamente os pensamentos deste casal em ruínas.
            Em todos os casos acima, acho que o que vale mesmo é saber que todos nós nascemos para sermos felizes. Todos temos este direito. A maneira como cada pessoa se completa ou se sente feliz é muito particular: há os que ficam felizes sozinhos. Há os que precisam estar sempre com alguém para estarem bem. Há os que preferem seguir com um relacionamento desgastado, mas que ofereça alguma tranqüilidade, a correrem novos riscos em busca de algo novo... Enfim, cada um sabe de si.
            Para tentar evitar estes desgastes e fazer nosso relacionamento dar certo, fica valendo a máxima: Quem ama cuida!
            Se você ama, se tem ao seu lado uma pessoa a quem quer bem, que te completa, faz os seus dias mais felizes, então cuide dela! Traga coisas novas para o seu relacionamento sempre! Novos hábitos. Passeios a novos lugares. Novos programas a dois e em grupos. Experimente ceder em alguma coisa. Peça que ele ceda em outras... Faça de tudo para que este amor sobreviva ao tempo. E a tudo. Vai valer a pena, tenho certeza!

Um comentário:

  1. É terrível a erosão e o desgaste nas relações, provocados pelo decorrer do tempo, e muito árdua a dúvida de ficar, continuando a arrastar um corpo morto, ou seguir em frente e deitar fora todo o passado. Uma questão muito difícil de ultrapassar.

    Abraço

    Runa

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