esta raiva que me consome.
Esta intolerância desmedida?!
Será que apenas eu me irrito
e quero gritar ao mundo
que está tudo errado.
Que já chegamos ao fundo?!
Chega!
Não agüento mais!
Me cansei da humanidade.
Me cansei das máscaras.
Das desculpas.
Dos desmandos.
Dos descasos.
Dos descompromissos.
Da falta de amor.
Já não consigo ouvir o cantar da passarada!
Minha cabeça anda lotada
de vozes que me sussurram palavras de ordem.
Me sinto um robô
Quero me desfazer do maquinário.
Sair de cena.
Retirar a indumentária
e não dizer as mesmas palavras ensaiadas.
Gastas.
Surradas.
Palavras que já não me dizem nada!
Chega!
Será que só para mim
que a vida anda assim?!
(Elís Cândido/agosto de 2011)
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