A Casa
A minha casa é aquela
com a árvore amarela
bem em frente ao portão.
Minha casa é aquela
no alto do grande morro
onde repousam as almas
em silêncio e solidão.
Do morro da minha casa
vejo a cidade distante
com suas luzes piscando
num Natal que não se acaba.
A minha casa é aquela
que quando chego na janela
vejo as pipas que os meninos
durante os sopros agostinos
não se cansam de empinar.
Os ventos daqui sussurram
nas folhas das velhas palmeiras
e as maritacas matreiras
conversam ao amanhecer.
Nas paredes da velha casa
guardo tesouros sem fim
lembranças doces da infância
da minha família e de mim.
Quer conhecer a minha casa?
Minha casa é aquela
com a árvore amarela...
(Elís Cândido/maio de 2010)
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